Festival Cena Brasil agita o final de semana de Olinda

No próximo final de semana, Olinda recebe a 11ª edição do Festival Cena Brasil. O evento, que este ano conta com dez atrações, promete agitar o público presente no Fortim do Queijo, com ritmos diversificados. No sábado, 07, as apresentações têm início às 19h e no domingo, às 17h.

Entre os artistas que subirão ao palco do Festival este ano, está a Banda Sinfônica do Centro de Educação Musical de Olinda (Cemo); o grupo A Cocada , com a participação do Encontro de Mestres (Dona Selma do Coco, Coco Raízes de Arcoverde, Mestre Arnaldo do Coco de Praia e Mestre Ditinho do Coco Xambá), além do Encontro do Samba, com Jorge Riba, Ely Peroais e Karynna Spinelli (PE).

Também marcarão presença as bandas Maktub, Scenes, Combo X, Encontro de Cultura e Vertin Moura, todas pernambucanas, além das visitantes Z’África, de São Paulo, e Vibrações, de Alagoas. Esta última terá a participação especial de George, da Banda N’Zambi (PE).

Roda de diálogo: A influência da África na cultura brasileira – do Hip Hop à cultura popular

No sábado, o Festival promove paralelamente uma roda de diálogos que terá como tema: “A influência da África na cultura brasileira – do Hip Hop à cultura popular”. O bate-papo acontece na Biblioteca Pública, localizada na Praça do Carmo, às 14h. Na ocasião serão apresentados vídeos educativos, mostra de arte e break dance. Participam da mesa: Guitinho de Xambá, Fekinho (FK, da banda Etnia), Igor Prazeres (coordenador de negros e negras de Olinda), o grupo paulista de rap Z’África Brasil, George da banda N’Zambi, Amauri Cunha (gerente de cultura afro brasileira da Prefeitura do Recife), Napoleão (rádio Diálogos FM), e Alexandre Marco (banda P.A.R.D.O).

Haverá ainda uma Feira Solidária de Economia Criativa, que estará exposta no Fortim do Queijo nos dois dias do evento junto com a Gastronomia de Terreiros, coordenada pelo babalorixá Pai Cleiton. Em pouco mais de uma década, mais de 300 atrações locais, nacionais e internacionais passaram pelo Cena Brasil.

Programação

Sábado (07/12), às 19h

Encontro de Cultura (PE)
Maktub (PE)
Scenes (PE)
Combo X (PE)
Z´África Brasil (SP)

Domingo (08/12), às 17h

Banda Sinfônica do CEMO (PE)
Encontro de Samba, com Karynna Spinelli, Ely Peroais e Jorge Riba

A Cocada (PE)
Vibrações (AL), com a participação de George do N’ZambiConheça as atrações:Maktub – PEA Banda Maktub-PE, tem origem na cidade de Olinda-PE, especificamente no Bairro de Peixinhos, celeiro das manifestações da cultura popular. O grupo criado em 2002, pelos músicos Léo do Peixe e Beto Ferrari (cantor, compositor e instrumentista), os quais desenvolvem um trabalho com identidade própria, primando por um som de qualidade e muito groove. A Maktub também tem intenso envolvimento nos movimentos político-sociais da cidade de Olinda. As letras versam predominantemente o cotidiano urbano e contemplam a música pela ótica da universalidade, trafegando pelo blues, jazz, maracatu, funk blues, mangue, baião, dentre outros, porém sem perder as raízes brasileiras e nordestinas. Maktub hoje é composta por Beto Ferrari na voz, guitarra e violão, Bira na bateria, Stallone na guitarra e Haroldo Batista no baixo.

Scenes – PE

A Scenes formada no início de 2006, já passou por várias transformações até chegar à formação atual. Hoje, o grupo traz um som com pegadas originais e sonoridade inovadora na cena musical. Cada música tem seu contexto e são marcadas por rifes nervosos, guitarras gritantes e distorções psicodélicas, além de ser a banda de rock alternativo pernambucana mais visualizada na internet. O grupo já chegou a lançar mais de uma música por mês. No ano da primeira formação foi lançado o primeiro CD intitulado “The Rise of a Planet”. Em seguida vieram vários EPs, como o “Illuminus”, 2011, e finalmente o mais recente, lançado em 2012, chamado “Portal dos Sonhos”. A Scenes, com um set próprio, impressiona ao subir ao palco. O show é um verdadeiro espetáculo de efeitos visuais e sonoros que interagem com o público, ponto forte e diferenciado da apresentação.

Combo X – PE

Grupo musical formado em 2007, no Centro Cultural Nascedouro de Peixinhos, do eixo Olinda-Recife. A banda surgiu a partir de um convite do percussionista Naná Vasconcelos ao músico, percussionista, Gilmar Bolla 8, da Banda Nação Zumbi, para realizar em parceria um projeto sonoro com essência afro-brasileira. O grupo composto por 10 pessoas tem uma formação de instrumentos de sopro com percussão. O trombone oferece vida à música junto aos batuques de alfaias, timbáus, caixa de bateria, abê e gonguês, expressando cantos populares e letras cotidianas acopladas a um laboratório de ritmos. Inicialmente os integrantes adotaram o nome de Combo Percussivo, apresentado um espetáculo para popularizar as cadências dos povos africanos. Hoje, em busca de mais espaço no mercado da música, o Combo Percussivo passa a ser Combo X, consolidando tendências ao hibridismo musical e firmando uma linguagem universal contemporânea no processo de criação sonora.

Z’África Brasil – SP

O grupo Z’África Brasil inicia sua trajetória em 1995 com ZuluZ’África, Gaspar e MC Pitchô, conquistando conhecimento pela originalidade e criatividade musical, o qual hoje se posiciona ao lado dos maiores grupos de rap no Brasil, trabalhando elementos da cultura Hip Hop em conexão com movimentos políticos, sociais, educacionais e culturais. Ao longo do trabalho fez parceria com músicos nacionais e internacionais, rompendo fronteiras e preconceitos musicais e regionais. O primeiro álbum, “Antigamente Quilombos, Hoje Periferia”, lançado em 2003 pela RapsoulfunkRecords, contou com a produção de Érico Theobaldo (DJ Periférico) e contém 15 faixas. Atualmente, Z´África se completa com Funk Buia e DJ Tano, da Família Back Spin Crew, Tri-Campeão do Hip-Hop DJ. Em 2006 lançaram o 2º CD “Tem cor Age” e o 3º CD foi lançado na França, “Verdade e Traumatismo”, com músicas como “Reparação” e “Z’africanos”, ambas gravadas para TV Trama.



Banda Sinfônica do CEMO – PE

A Banda Sinfônica do CEMO é formada por professores e alunos do CEMO e tem como objetivos promover a inclusão social através da música, fazer concertos em diversas comunidades carentes e despertar nas crianças a vontade de estudar música. O CEMO oferece concertos-aulas na rede escolar de Olinda e região metropolitana, permitindo à comunidade escolar o acesso à música de qualidade e a concertos em solenidades cívicas, festas religiosas, eventos esportivos, etc. O repertorio é bastante eclético, abrangendo grande variedade de gêneros musicais, do popular ao erudito, incluído também jazz e temas de filmes.

Encontro de Samba – PE

O grupo é composto por Jorge Riba, Karynna Spinelli e Ely Peroais, três músicos amantes e representantes do samba em Pernambuco. Jorge Riba está sempre em busca do reconhecimento e valorização da identidade negra pernambucana. Em 2003 decidiu abraçar de vez o samba e, a partir daí, vem fazendo história por ser um dos responsáveis pelo movimento recifense de retorno e de valorização do samba. Jorge Riba não é novo na música. Ele já compõe samba desde os 16 anos e possui 30 anos de carreira artística. Karynna Spinelli começou a carreira solo em 2007, inspirada pela musicalidade e energia dos sambas de terreiro e de roda da periferia pernambucana. Vem se dedicando com afinco ao samba de raiz e a todos os ritmos que permeiam estes ares. Karynna Spinelli também foi responsável por instituir um dos maiores movimentos de rua de samba brasileiro, o Clube do Samba de Recife, movimento feito nas ruas do Morro da Conceição, que durante três anos disseminou para o país a firmeza do samba do estado pernambucano e ainda promoveu o intercâmbio entre artistas da terra e do Brasil. Ely Peroais é um artista pernambucano compositor de samba enredo de várias escolas de samba de São Paulo, algumas vencedoras. Ely teve o primeiro samba destacado no primeiro festival de pagode de Recife, em 1998, intitulado de “Cheiro de Separação”, que até hoje é uns dos sambas mais cantados nas rodas de Recife e além de estar no primeiro CD, já foi regravado por muitos artistas consagrados na música brasileira.

A Cocada – PE

O cantor Washington Felipe forma o grupo “A Cocada” no ano de 2000, no Bairro Amaro Branco, em Olinda, após a dissidência de outro grupo. Os componentes são músicos que já se conheciam e alimentavam a ideia de montar um grupo de coco-de-roda. Os músicos Beto Negrão, Nilson do Pandeiro, Iran, Meme, Mamão, participaram da primeira formação da Cocada e para o trabalho acontecer, o cantor Washington Felipe inspira-se no estilo do grupo Mama Keita (Afro Cubano), porém a influência não se resume à música criada fora e sim dentro do Brasil. O grupo sempre busca nova musicalidade, tanto quanto originalmente popular e ao mesmo tempo sofisticada. O primeiro álbum “A Cocada” foi gravado no final do ano de 2001 e lançado em 2002, numa produção independente. Após alguns anos sem nenhuma produtora, o grupo gravou o seu segundo CD, “Lua de São Jorge” também independente. Os integrantes defendem a cultura popular e resgatam a tradição de tiradores de coco, com o objetivo de divulgar o ritmo com alegria e responsabilidade. A Cocada sobe ao palco do Cena Brasil 2013 com a participação do ‘Encontro de Mestres’, composto por Dona Selma do Coco, Coco Raízes de Arcoverde, Mestre Arnaldo do Coco de Praia e Mestre Guitinho do Coco de Xambá.

Vertin Moura – PE

“Rock, poesia e filosofia”. Assim o artista Vertin Moura define o primeiro CD “Filhosofia”, 2012, projeto de carreira solo do artista, iniciada em 2009. Seu primeiro trabalho profissional foi como integrante da banda Helton Moura e o Cambaio. Com uma proposta exclusivamente autoral, o CD foi construído a partir das vivências artísticas do músico no início da carreira em Arcoverde (PE), ao lado de grupos de teatro e de movimentos culturais da cidade. O disco tem referências variadas, desde artistas populares brasileiros às sonoridades advindas do rock’n roll progressivo. O CD “Filhosofia” possui treze faixas e conta com a parceria dos poetas e amigos conterrâneos Helton Moura, Ícaro Tenório e Jair Galvão. Alessandro Palmeira e Samara Maria, ambos da cidade pernambucana Afogados da Ingazeira, compartilham a autoria da música que dá nome ao disco. A grande participação é do artista Lirinha, ex-líder da Banda Cordel do Fogo Encantado, que divide os vocais com Vertin na música “Permutação”.

Vibrações – AL

O grupo de Maceió inicia sua trajetória no Estado de Alagoas em 1998, compondo sua identidade a partir da junção do reggae original jamaicano com o hibridismo do cenário musical brasileiro, mais especificamente o nordestino. A banda traz autenticidade nos batuques afro-brasileiros e indígenas e as letras apresentam denúncia social e apelo a não violência. A banda Vibrações confronta os padrões musicais de massa, buscando o reconhecimento e inserção na cultura brasileira. Ao longo do trabalho fez parceria com músicos nacionais e internacionais. Atualmente, a Vibrações é composta por Luiz de Assis na voz principal e composições, Sidney Sena no baixo e backing-vocal, João Paulo na bateria, Walter Lima na guitarra, Jair Virgilio no saxofone e flauta transversal, Lucas Natureza na percussão, Ninho Júnior no teclado e Enife Costa no trompete. O Grupo desafia o pensamento crítico com cinco CDs na estrada, “Vibrações Rastas”, 2003; “Rústico”, 2005; “Ciclo”, 2006; “Quilombagem”, 2010; O CD “Comemorativo 15 Anos”, 2013 e o DVD “Pedra que não foi Polida” de 1998. No Festival Cena Brasil 2013, a Vibrações divide o palco com a participação do vocalista e guitarrista George da Banda N’Zambi.

Serviço

Dias e horários: Sábado, 07 de dezembro às 19h, e domingo, 08, às 17h.
Local: Fortim do Queijo, Carmo.



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